Perfil



O Questionário de Marcel Proust é uma proposta de através dele, traçar um perfil de quem o responde. Para deixar bem claro quem é este Zombeteiro, optei por acrescentar a ele algumas informações que podem ser consideradas por alguns importantes.
Nome?
Mário Francisco Duarte Chrispim, mas também atendo por vários apelidos que me acompanham desde a infância, entre eles Kiko, que me perseguiu durante a adolescência, e que chegou em alguns momentos me fazer esquecer do meu nome. Tive alguns apelidos jocosos, mas estes deixou para descobrirem através de minha biografia não autorizada.
Nasceu em que cidade?
Nasci na mais carioca das cidades de Minas, na praiana Juiz de Fora, apesar de sua garoa. Atualmente, vivo em Belo Horizonte, mesmo sendo fiel ao meu Flamengo, e apesar de me considerar cada dia mais mineiro e universal, como disse meu conterrâneo Murilo Mendes.
Quando Nasceu?
Em 24 de fevereiro de 1964, pouco antes do golpe militar, mas se tivesse nascido no dia 31 de março do ano, me mataria de vergonha. Detalhe, nasci numa família que tem vários Mários. E, meu pai, Mário, fica puto da vida, porque não tive um menino para também se chamar Mário. Quanto Mário?
Qual é a sua maior qualidade?
Sou otimista (com um grande sorriso nos lábios). Tudo tem o seu lado positivo, até pilha.
E seu maior defeito?
Deixar que tomem muita conta de mim e da minha vida. Mas no fundo eu nem ligo.
A característica mais importante em um homem?
Sentido de humor inteligente.
E em uma mulher?
Sinceridade.
O que você mais aprecia nos seus amigos?
O gostarem de mim sem qualquer questão, tal como sou. São o melhor de mim, e sabem-no.
Sua atividade favorita é…
Estar com aqueles de quem gosto.
Qual a sua ideia de felicidade?
Uma fogueira, sob céu estrelado, uma suave brisa, a sinfonia dos grilos ou o barulho do mar, minhas filhas, os meus amigos e eu, ouvindo uma boa música ao violão, com alguma parte da letra dela cantada bem baixinho por minha companheira. É lógico, com muitas gargalhada e cumplicidade.
Religião?
Sou um agnóstico, com forte formação católica-cristã.
E o que seria a maior das tragédias?
Como disse Vinício de Moraes:
E eu poderia suportar, embora não sem dor,
que tivessem morrido todos os meus amores,
mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!”
Quem você gostaria de ser, se não fosse você mesmo?
Não trocaria o que sou por nenhuma outra pessoa. Como já foi muito bem tido por Caetano “cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é.
E onde gostaria de viver?
Onde estou agora, mas depois pode ser em outro lugar. Para ser mais claro, vivo onde minha imaginação me leva.
Qual sua cor favorita?
Azul. Mas poderia ser o verde também.
Uma flor?
Girassol.
Um pássaro?
Beija-flor.
Um sonho de consumo?
Eu quero uma casa no campo, onde eu possa eu possa compor muitos roques rurais... Quem não quer?
Um fetiche?
A mulher que está comigo.
Quem levaria para uma ilha deserta?
Se eu fosse para lá, não seria mais deserta (gargalhadas).
Quem deixaria para sempre numa ilha deserta?
Seria tanta gente, mas tanta gente, que ficaria impossível viver por lá. Entre eles uma turminha de Brasília, os preconceituosos, os poluidores do meio ambiente... Deixa eu parar por aqui... (risos)
Seus autores preferidos?
Umberto Eco, Fernando Moraes, Fernando Sabino, Ernest Hemingway e muitos, muitos outros.
Os poetas que mais gosta?
Manuel de Barros, Knnor (um grande amigo que tenho, vocês ainda vão ouvir falar dele), Carlos Drummond de Andrade, o Shakespeare (chique, não é mesmo?) e outros. Adoro boas poesias.
Quem são seus heróis de ficção?
O príncipe de qualquer conto de fadas. Mas na minha imaginação ele é sempre meio Ogro, como o Sherek.
E as heroínas?
Toda princesa enclausurada e castigada numa torre de castelo. Mas eu adoraria que ela fosse meio doidinha. Já estava me esquecendo, acho a Penélope realmente um charme, seja ela a esposa de Ulisses ou a intrépida corredora.
Seu compositor favorito é…
Música é o alimento de minha alma. Aprendi a gostar dela por causa da minha Vó Maria que era surda, mas que sabia ouvir como ninguém. Se eu falasse de um compositor seria injusto com outro. Mas sou bem chato na hora de ouvir uma música e meu gosto música vem a cada dia se limitando mais, mesmo contra a minha vontade (nunca pensei que isto fosse acontecer – gargalhadas – é a caretice chegando). Mas gosto de ouvir muita MPB ( Caetano, a turma do Clube da Esquina), Bossa Nova, Jazz, Blues e os grandes standarts. Lady Billie Holiday machuca meu coração quando começa a cantar. Que voz. Entre os clássicos acho que Beethoven é o máximo entre os homens e Mozart entre os deuses.
Música preferida?
“Balada dos Loucos” versão original dos Mutantes. Quando entrei na igreja para casar, meus amigos tocaram a música, sem a letra. Quem a conhecia morreu de rir. O padre como não sabia de nada, perdeu a chance de me excomungar antes de dizer o sim.
Um diretor de cinema?
Alan Parker, acho ele fantástico. Nacional, gosto muito do Fernando Meirelles e do Walter Sales.
Um Filme?
“Sociedade dos Poetas Mortos”, ele é um pouco do fui e sempre serei. Aproveito e acrescento entre os poetas Walt Whitman, citado muitas vezes neste filme.
E os pintores que você mais curte?
Monet, Caravaggio, Van Gogh, Dali e Picasso. Incluo os fotógrafos entre os pintores do instantâneo. Entre os grandes mestres desta arte, gosto do Sebastião Salgado e Henri Cartier-Bresson. Se não tivesse trabalhado numa loja de fotografia, talvez nunca tivesse sido jornalista. Não posso esquecer a escultura, Rodin exagerou na arte, mas Camille Claude superou o mestre.
Quem são suas heroínas na vida real?
Minha mãe (ela é foda - rsrsrsrsrs). Mas não posso me esquecer de outras três semi-mães: minha vó Maria (pela leveza e singeleza), vó Chiquita (pela bravura) e minha Tia Marília (pela loucura). Vou incluir minhas filhas Rafaela e Bárbara (por suportarem um pai chicletinho como eu). Sou um eterno carente destas pessoas.
E quem são seus heróis?
Meu pai (um sábio chinês no Brasil - kkkkkk). Meus avôs Mário (por ser encantador e cantador de mulheres) e vô Carlos (um semi-analfabeto genial e um monumento ao bom caráter). Meus tios também são heróis, os bons e os filhos-da-puta. Gente do céu, vivo numa família dos Superfantásticos.
Qual sua palavra favorita?
Esperança.
O que você mais detesta?
A mentira piedosa.
Quais são os personagens históricos que você mais despreza?
Hitler!
Quais dons naturais você gostaria de possuir?
O dom de voar.
Como você gostaria de morrer?
Num banco de jardim, num lindo dia de Primavera ouvindo uma boa música, ao lado das minhas pessoas queridas e sem sentir dor.
Qual seu atual estado de espírito?
Feliz. Sempre Feliz.
Que defeito é mais fácil perdoar?
A teimosia.
Qual é o lema da sua vida?
Sejamos realistas, peçamos o impossível. (anônimo – Barricadas do Desejo – Paris – 1968)
Qual a frase que gostaria de tê-la inscrita na sua lápide?
Foi um mau poeta e amou a vida.

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